O termo “inconsciente” foi utilizado pela primeira vez no século XVIII pelo jurista escocês Henry Home Kames, sendo posteriormente utilizado por Freud em sua teorização sobre a clínica psicanalítica, sendo um conceito-chave para compreender o funcionamento da psique humana.
Os conteúdos inconscientes são inacessíveis à consciência e se caracterizam por ser conteúdos que foram recalcados (“esquecidos”) pela consciência devido ao seu conteúdo potencialmente traumático.
Estes conteúdos insistem em romper-se através de suas diversas formações (por exemplo sonhos, lapsos, sintomas e chistes).
Arte “homem lotado de referências, sem espaço para si mesmo” por Susano Correia
O que chega ao consciente nunca é o conteúdo tal qual se encontra no inconsciente. É sempre uma formação “adaptada” do original, para que o consciente seja capaz de suportá-lo.
De acordo com Lacan, o inconsciente não é um poço obscuro repleto de desejos selvagens; ele possui uma linguagem e uma gramática próprias. O inconsciente fala e pensa, podendo revelar verdades traumáticas.
O inconsciente contém diversos conteúdos que o sujeito “esquece” e seus desejos não realizados e/ou reprimidos. Mesmo sendo esquivo, o inconsciente sempre se mostra. É possível captá-lo sob transferência — ou seja, em um setting analítico (sessão de terapia).
Referências:
Roudinesco, E. (1998). Dicionário de psicanálise. Zahar.
Sara Cristina Chiamolera
Psicanalista; Atendimentos on-line
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